O modelo comportamental, ou behaviorismo, investiga os níveis de determinação do comportamento alimentar. São eles: filogênese, ontogênese e ontogênese sociocultural.

A filogenia abrange o quanto o alimento é necessário para a conservação da espécie, sendo a comida um reforçador inato. A história evolutiva nos mostra que organismos que armazenam energia de forma eficaz sobrevivem.

Os elementos ontogenéticos consideram o contexto e o ambiente familiar como determinante para o estilo alimentar. A família oferece o campo de aprendizagem sobre a alimentação. O pareamento da comida com o afeto e atenção dos pais provoca bem estar social.

Psicopatologias alimentares como a compulsão alimentar, são entendidas como um comportamento aprendido que tem como função a regulação emocional. Quando enfrentamos situações aversivas e possuímos um repertório de fuga com o alimento, temos a tendência de buscar sensações de prazer (liberando opióides endógenos), conforto e segurança emocional através da compulsão alimentar.

O tratamento da compulsão alimentar, pela terapia comportamental e Análise do Comportamento Aplicada, é feito através da administração de contingências de reforçamento, prevenção de respostas, modelagem, exposição e treino de habilidades sociais, dentre outras técnicas. A operacionalização dos conceitos de condicionamento e aprendizagem social, possibilita o uso do reforço positivo ou negativo e da punição positiva ou negativa para adquirir ou extinguir comportamentos alimentares.